Vou ser direto. O Esporte é a solução e pronto!

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O esporte praticado de forma regular, desde a infância, fortalece a sociabilidade, o cooperativismo, estabelece disciplina, confiança e o senso de liderança entre seus praticantes. É essencial para o ensino de princípios fundamentais, tais como a tolerância, a cooperação e o respeito, utilizada para a formação de uma personalidade saudável e segura.

O esporte ensina o valor do esforço e como lidar com a vitória e com a derrota. Permeia sempre pela ética cooperativa, pela inclusão social e pela interferência do coletivo em suas modalidades, mesmo em esportes individuais.

Existe uma hierarquia natural estimulada pelo esporte que se pratica, onde técnicos, professores, instrutores e alunos/atletas são responsáveis pela condução do que foi planejado de forma organizada e com papéis bem definidos.

No esporte, a conquista de vitórias é indiferente. Pierre de Frédy, mais conhecido pelo seu título de Barão de Coubertin, ficou para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna, dizia sempre que “o que importa na vida não é tanto a vitória, mas o combate, onde o essencial não é ter vencido, mas ter lutado bem”!

O esporte é totalmente democrático, tanto pela variedade de modalidades, mas também pela liberdade de praticá-las mesmo em condições de poucos recursos. Uma bola de meia e dois jogadores já têm uma “pelada”!

O esporte proporciona liberdade de movimento, libertação corporal e quebra de tabus. Independente da cor, do sexo, do biótipo corporal ou da condição sócio-econômica, o esporte sempre estimula as inter-relações pessoais, mantem a inclusão social como meta, abraçando as diferenças humanas.

Quer ver atitudes positivas sobre inclusão social e quebra de preconceitos, observe as modalidades paralímpicas, onde a falta de braços, pernas, visão, audição ou qualquer outra diferença física, intelectual ou de habilidades, faz da superação um estimulo constante da participação esportiva.

O esporte proporciona uma melhora da qualidade de vida, pois além de ser um remédio preventivo contra as doenças, consegue reabilitar fisicamente e funcionalmente várias sequelas que porventura tenham sido adquiridas com doenças graves.  

O controle da hipertensão arterial, do sedentarismo, da obesidade e da diabetes, passa pela prática de algum esporte, favorecendo uma redução de custos em saúde pública, com redução de gastos em medicamentos, internações hospitalares e aparecimento de doenças crônicas.

Bom, se o esporte é tão bom, porque não há um investimento maciço sobre essa ferramenta do bem?

Parece-me que o problema é cultural! Nosso País é o “País do Futebol”, ironicamente também um “País Olímpico”, mas não enxerga o esporte como meta de governo para estimulo da educação, cidadania e sociabilização, muito menos ferramenta em saúde pública.

O exemplo disso, pela crise financeira que vivemos, os investimentos dos Governos Federal e Estaduais em esporte, logo em seguida ao término das Olimpíadas, foram diminuídos, como se a identidade dessa área fosse apenas por lazer e não por cidadania e direitos humanos adquiridos como legado.

Quando vemos jovens sem identidade familiar, sem conceitos sólidos de hierarquia e auto-estima pessoal, vemos que a relação entre esporte e educação passaram de longe por essas pessoas.

O relatório da Força Tarefa entre Agências das Nações Unidas sobre o Esporte para o Desenvolvimento e a Paz entre as Nações, já no ano de 2003, indicava que iniciativas esportivas, que maximizem a participação e o acesso ao “esporte para todos”, dentro de seus próprios países, fortalece o desenvolvimento de políticas públicas de modo geral, melhorando a qualidade de vida de seus habitantes.

O que pensar de um Brasil do futuro sem alicerces sólidos em educação esportiva e direito pleno a educação integral?

Espero ter ajudado sobre uma reflexão urgente e importante. Mente sadia em um corpo sadio (Mens sana in corpore sano).

 

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