Votuporanguense conta experiência de morar e estudar nos EUA

A Folha Regional estreia hoje mais uma coluna especial do jornal, “Pelo Mundo”, neste espaço publicaremos entrevistas com votuporanguenses que tiveram ou estão tendo experiências fora do Brasil. O objetivo é compartilhar experiências culturais e informar a população sobre assuntos relacionados a viagens, incluindo destinos e questões burocráticas.

Morar nos Estados Unidos é um sonho de muitos brasileiros e de pessoas de muitas outras nacionalidades também. O que é preciso para isso? Será que vale a pena mesmo? Quanto tempo é possível ficar lá legalmente?

Hoje apresentamos a experiência de Danilo Norimbeni, 29 anos, envelopador, casado, pai de uma filha, que morou em Adelphi, Maryland, nos Estados Unidos e responde à estas questões.
Porque os Estados Unidos?

Danilo: A princípio surgiu o interesse de um curso de envelopamento, pois nos EUA foi onde inventaram essa técnica. Foram dois anos de planejamento, juntando dinheiro, até conseguir uma oportunidade em uma empresa americana que oferece o curso.

Você precisou da ajuda de alguma agência?
Danilo: Não, eu fiz tudo por conta. Eu fui a Jales, tirei o meu passaporte, em seguida tirei o visto em São Paulo no consulado americano. Conheci algumas pessoas pela internet através de grupos do WhatsApp que me ajudaram e receberam nos EUA.

Como foi esse curso que você conseguiu? E como funciona o visto?
Danilo: Foi um curso onde eu aprendi técnicas do serviço de envelopamento. Sobre o visto ele tem uma validade de 10 anos. Eu posso ir e voltar para os EUA neste período. Mas eu só posso ficar no país 6 meses, que é o visto B1 /B2, de “turismo e negócios”.

Onde você morou lá e fale um pouco sobre a alimentação?
Danilo: Inicialmente eu morei em Orlando, na Flórida. Eu aluguei um quarto na casa de amigos. Depois de Orlando, eu me mudei para uma cidade próxima à Washington, chamada Adelphi, à 20 minutos da Casa Branca. A alimentação também era compartilhada, o que ajudou nos custos. A principal refeição do dia é o café da manhã. Eles comem muito mesmo, o suficiente para o almoço ser mais básico. No começo foi difícil acostumar, dá saudade do arroz com feijão. Teve uma semana que comi fast-food quase todo dia, mas depois você vai se acostumando com a comida local. Também existem muitos restaurantes hispanos que são baratos e a comida é parecida com a do Brasil.

Sobre a cultura e a língua
Danilo: O americano tem o seu espaço, eles “cumprimentam de soquinho”. Eles são muito educados e prestativos. Sobre a língua é bom ter noções básicas. Ninguém vai cobrar que você fale com uma gramática perfeita. Basta fazer-se entender. Gestos e entonação ajudam muito. E, no geral, o povo americano é receptivo – apesar de muita gente dizer o contrário – e será compreensivo com você, caso você seja educado e esforçado. Uma dica é não encarar as pessoas na rua, ninguém gosta disso. Não fique batendo papo com crianças desacompanhadas, os americanos tem um cuidado especial com seus filhos.

Fale um pouco sobre o investimento a relação com outros brasileiros
Danilo: Os principais investimentos são os gastos da viagem e dos vistos, o visto hoje é uma média de R$500,00, a passagem uma média de R$2.500,00. Aí tem ainda o aluguel e a alimentação. Nos EUA você tem que tomar cuidado com os próprios brasileiros. Muitos brasileiros antigos no país não gostam de ajudar os recém-chegados. É uma pena. Porém, existem comunidades de brasileiros, restaurantes e lojas de brasileiros que são muito receptivos. A internet é essencial para saber antes os melhores locais para brasileiros recém-chegados.

Pretende voltar?
Danilo: Sim, espero que com a família. Vou tentar um visto de trabalho daqui alguns anos. Com o visto de trabalho você pode ficar mais tempo no país.
Danilo Norimbeni deixou o seu contato para quem quiser tirar dúvidas sobre morar nos EUA, o seu telefone é o (17) 99218-5655.

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