Paulo Ricardo Venâncio
paulo.venancio@folhar.com.br
Expectativa do Ministério da Agricultura é de que 150 milhões de cabeças de gado sejam imunizados
O prazo para vacinação contra a febre aftosa termina hoje, a campanha teve início no dia primeiro de novembro, e abrangeu pecuaristas de 22 Estados brasileiros, incluindo também o Distrito Federal. A expectativa do Ministério da Agricultura é de que 150 milhões de cabeças de gado sejam imunizados contra a doença, o que representa 69,77% do total do país, estimado em 215 milhões de bovinos.
Esta segunda fase da campanha foi obrigatória para animais com até 24 meses de idade e os pecuaristas que não cumprirem o prazo ou não comprovarem a vacinação, serão autuados e poderão pagar multa de até 05 UFESPs por cabeça, cerca de R$ 117,75. Em paralelo a campanha de febre aftosa, o produtor rural também deverá providenciar a vacinação de todas as fêmeas com idade de 03-08 meses contra Brucelose. Além disso, enquanto não vacinar o rebanho, o produtor não tem permissão para transitar com o gado e comercializar produtos vindos dos animais, como carne e leite.
Em Votuporanga, de acordo com Breno Moscheta Welter, médico veterinário do Escritório de Defesa Agropecuária, até ontem foram vacinados aproximadamente 70% do rebanho que compreende a regional do EDA do município. Totalizando 190.000 de um total de 276000 bovídeos e 1.990 de um total de 2.900 propriedades rurais. Os produtores tem até o dia 07 de dezembro para declarar os animais vacinados durante a etapa. Os dados finais serão divulgados após o término da campanha, entretanto a meta regional é que sejam vacinados 99,9 % dos animais.
Sobre o programa
O combate à febre aftosa no Estado de São Paulo teve início oficial com o Decreto de Lei n° 49, de 25/04/1969, que instituiu a “Campanha de Combate à Febre Aftosa”.
A Lei n° 8.145, de 18/11/1992, determinou a adoção de medidas para a erradicação da doença. Em 27/04/2001, por meio do Decreto n° 45.782, foi definido o “Programa de Sanidade Bovídea”, e a Resolução SAA n° 1, de 17/01/2002, estabeleceu as normas para a execução do “Projeto de Erradicação da Febre Aftosa”.
O último foco de Febre Aftosa no Estado de São Paulo foi registrado em março de 1996, e o estado é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação. Essa situação sanitária é resultado do trabalho de todo o setor pecuário paulista, incluindo o Serviço Veterinário Oficial (Coordenadoria de Defesa Agropecuária / Secretaria de Agricultura e Abastecimento e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), os produtores rurais, os frigoríficos, as indústrias produtoras de vacinas contra a Febre Aftosa e os estabelecimentos que revendem estas vacinas.