Que “vibe” é essa?

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Ao longo dos anos muitas coisas mudaram, novas tendências, tecnologias e inovações foram incorporadas ao comportamento da sociedade, enquanto isso, as pessoas foram se adaptando ao novo, evoluindo de forma paralela aos pensamentos, linguagem comunicativa e tudo que a geração “X, Y, Z” trouxe para este século.

Lidar com crianças nascidas nos últimos anos não tem sido fácil para as famílias, as experiências são assustadoras. Nunca foi tão difícil envelhecer, os novos tempos trouxeram novas descobertas na ciência e tecnologia, a medicina avançou, a comunicação interligou o mundo, a liberdade de expressão ficou menos reprimida, mas enquanto o tempo passa o ser humano não olha em volta e não enxerga as pessoas em torno de si. Os pais, tios e avós estão “defasados”, não há perspectivas para eles nesse mundo contemporâneo, o retrô e o vintage são apenas uma classificação de “coisas e objetos” de uma época muito antiga, mas vale a pena ter um móvel vintage na sala para contrastar com o moderno, é chique! E assim seguimos com novos valores e critérios!

Já cheguei à idade em que posso dizer “na minha época” isso era diferente. O que me assusta não é envelhecer, mas conviver com uma geração em que a educação e respeito aos mais velhos é coisa do passado, literalmente fora de moda. Triste é saber que a “vibe” do momento não inclui cultura, leitura, história da arte entre outras tantas riquezas que se pode adquirir além do dinheiro e um perfil nas redes sociais.

Tudo que de fato poderia contribuir para a melhoria e crescimento intelectual e pessoal está sendo banalizado, tenho visto pessoas que não possuem conhecimento sólido e concreto serem influenciadoras de jovens desta “nova geração”. Estes jovens, por sua vez, têm livre acesso aos conteúdos que a web apresenta, muitas vezes, sem o conhecimento dos pais. Ora, mas o livre arbítrio não existe para isso? Pois eu digo que não, se ao menos eles tivessem sido apresentados aos conteúdos produtivos talvez pudessem escolher em ficar com o “lixo eletrônico”, aí sim, a escolha e consequência seriam exclusivamente dele.

Minha aflição é saber que filósofos, professores, artistas, estudiosos e cientistas não estão sendo valorizados, não estou falando de dinheiro (não só), mas do que eles têm a oferecer para o futuro da nação, que parece condenada pelo fútil e inútil. Os valores estão invertidos, são milhares de “likes” para palavrões e apologias ao ilícito e algumas visualizações para quem, de fato, tem algo de bom a oferecer, é o “poste fazendo xixi no cachorro”.

As músicas que os jovens gostam têm uma “batida” legal e alguns youtubers têm piadas engraçadas, mas não só disso vive a humanidade. É preciso equilibrar as escolhas para deixar um legado de conteúdo e evolução. Não é só ouvir “Mozart” e assistir documentários científicos, mas a nova geração precisa se permitir conhecer o que é diferente, abranger conhecimentos e não morrer sem ter evoluído o mínimo, que seja. Minha esperança é que um dia o “cachorro volte a fazer xixi no poste”.

Linda semana a todos!

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