Em menos de três meses, quase 10 mil pessoas foram vacinadas por meio de ações na unidade de saúde, na zona rural e em locais estratégicos
A Prefeitura de Votuporanga, por meio da Secretaria da Saúde, vem intensificando as ações de combate à febre amarela com o reforço da cobertura vacinal na rede pública de saúde. De janeiro até agora, foram aplicadas 9.520 doses da vacina contra a doença em todo município, incluindo alguns pontos da zona rural. A vacina é gratuita e está disponível nas unidades de saúde.
A responsável pelo setor de imunização, Danieli Fortilli conta que o Ministério da Saúde estipulou uma meta de 100% da população a ser imunizada contra a febre amarela. Para tanto, os profissionais de saúde vêm realizando a busca ativa para a atualização da vacina contra a febre amarela. “Até o momento não temos casos positivos dessa doença em nosso município, mas pedimos que todos se protejam, procurando a unidade de saúde mais próxima para que a situação vacinal seja devidamente avaliada”.
As unidades de saúde de Votuporanga permanecem abertas para a vacinação, de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h.
No caso dos adultos, para a imunização que antes tinha validade de 10 anos era necessária apenas uma dose. Atualmente, a vacinação contra a febre amarela apresenta um novo esquema. “Agora, são aplicadas duas doses, sem a necessidade do reforço a cada 10 anos. Esta vacina também faz parte do calendário de rotina de vacinas e disponibilizada para os bebês por meio de três doses – aos seis meses de vida, nove meses, e aos quatro anos, a última dose”, esclarece Danieli.
Outras medidas de prevenção já são adotadas a rigor, dentre elas, a capacitação de profissionais sobre a febre amarela, manejo ambiental para retirada de criadouros do Aedes Aegypti para se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados, a pulverização no entorno dos casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya. Orientações de prevenção e visitas aos moradores fazem parte da rotina da rotina diária dos agentes comunitários de saúde e de endemias.
Ainda assim, a prevenção é a principal ferramenta no combate a disseminação do Aedes. Recipientes como caixas dágua, latas e pneus com água parada são ideais para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos, de onde nascerão larvas e se tornarão mosquitos.
Sinais e sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Por isso, a recomendação ao identificar os sintomas é procurar a UPA – 24 hroas (Unidade de Pronto Atendimento) o hospital do Pozzobon “Fortunata Germano”, na zona norte ou a unidade de saúde mais próxima.
Primatas
Após o registro da morte de um macaco na região central da cidade no dia 27 de fevereiro, 132 doses da vacina contra a febre amarela foram administradas por profissionais da saúde nos moradores do entorno deste caso suspeito. As amostras do primata seguem sob a análise do Instituto Adolfo Lutz em São José do Rio Preto para que se confirme ou descarte a morte do animal pela doença.
Os macacos não são transmissores do vírus da febre amarela. Os primatas se comportam como sinalizadores da presença do vírus. Quando um macaco aparece doente, apresentam-se aí indícios de que os humanos também estão expostos. A matança dos primatas gera um desequilíbrio ecológico e agrava a situação da febre amarela. Maltratar, apreender ou perseguir animais silvestres configura crime ambiental (Lei Federal de Crimes contra o Meio Ambiente Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998).
Entretanto, caso o morador encontre algum macaco aparentemente adoentado, morto, ou já em estado de decomposição, é importante não manter contato com o animal, e ligar imediatamente para a Vigilância Ambiental – 0800 770 9786 ou 99607-2088.