Alças de Acesso
Votuporanga ganhará uma nova e importante alça de acesso para quem vem da SP-320, sentido Fernandópolis – Votuporanga, bem de frente ao Posto Trevão. A nova “entrada” em Votuporanga pela Euclides da Cunha deverá beneficiar bairros como Loteamento Boa Vista I e II, Carobeiras, Belo Horizonte I e II, De Bortole, Moriá e Residencial Ana Munhoz.
Cidade que cresce
Votuporanga está crescendo e cada vez mais é necessário ajustes no trânsito. Eu me lembro do ex-Prefeito de São José do Rio Preto, Sr. Manoel Antunes. Nesta época, eu era adolescente e morava naquele “caos”. Ela não era tão grande como agora, mas já sofria com o trânsito. Uma marca deste prefeito foi os ajustes e obras grandiosas para viabilizar a “ligação” da cidade que crescia. Pontilhões, abertura de avenidas, rotatórias, além de criar bairros gigantescos. Mané, falecido em março deste ano, tinha uma frase que sempre gostava de falar: “Política é para servir e nunca para se servir”.
Um pouco sobre o Professor Manoel Antunes
Eu pesquisei um pouco sobre a vida do Professor Manoel Antunes e vou compartilhar com você.
Rio Preto tinha 190 mil habitantes
Quando Manoel Antunes chegou ao poder, Rio Preto tinha pouco menos que 190 mil habitantes, era a 17ª cidade em população no estado, ficando atrás de Bauru e pouco menos de 500 habitantes à frente de Piracicaba. Mais de 50% da cidade não tinha infraestrutura como rede de esgoto, asfalto, guias e sarjetas. Não existia sistema habitacional. Os rio-pretenses moravam amontoados. Cada casa abrigava algo em torno de 7,3 habitantes por residência. A cidade tinha 17 favelas. Quando deixou o segundo mandato, havia apenas uma favela, que foi erradicada pelo prefeito Liberato Caboclo, acabando com esse flagelo no município. Cada residência tinha 3,7 moradores. Assim que assumiu instituiu o Programa Cidades de Porte Médio criando os bairros do Solo Sagrado, Cristo Rei e João Paulo II. Havia apenas o Posto de Saúde Central. Criou mais três (hoje UBSs). Vila Toninho, Anchieta e Eldorado. O programa Cidade de Porte Médio começou a resolver o problema per capto por residência em Rio Preto. Para resolver o problema de infraestrutura, ele instituiu um sistema progressivo de cobrança de IPTU. Onde havia água tratada, sistemas de esgoto, asfalto e iluminação pública começou a ser cobrado 0,5% a mais no preço final. Com o dinheiro, ele iniciou um processo de urbanização dos bairros periféricos. Por causa disso, foi acionado judicialmente pelo presidente da Acirp da época, Yuossef Nametalah Tarraf, que possuía milhares de lotes na cidade e se sentiu diretamente atingido.
Trabalhava junto com a Câmara
Enviou e aprovou na Câmara Municipal um sistema em que os novos loteamentos só poderiam ser feitos e entregues com toda essa infraestrutura fornecida pelo loteador, tirando o peso das costas da Prefeitura, que não tinha caixa para cumprir essa função. Para os empreendedores, iniciou a fase dos minidistritos. No primeiro mandato criou quatro (Tancredo Neves, Canal 8, Solo Sagrado I e II). Hoje são 13. Também criou o Distrito Industrial Carlos Arnaldo. Ainda entre 1983 e 1988, construiu e inaugurou os ginásios Antônio Natalone, 19 de Março, Antônio Carlos Montanhês e o Júpter Olímpico, concluídas na gestão posterior. Atendeu ao Ibilce e construiu o Centro Integrado de Ciências e o Observatório Astronômico, além da Cidade das Crianças.
Duplicação da Washington Luís
Mas foi nos estertores de sua administração, em 8 de janeiro de 1988, que uma de suas mais ferrenhas campanhas obteve êxito. Naquela oportunidade foi assinada a ordem de serviço para o início da duplicação da rodovia Washington Luís entre Matão e São José do Rio Preto. A obra ficou pronta no governo do Toninho Figueiredo, tendo Quércia como governador.
Seu Governo era participativo
Às quintas-feiras deixava o prédio da Prefeitura entre 21 e 22 horas. Era o dia de audiência popular. Desde as oito da manhã recebia apenas a população. Não havia outro compromisso. Houve dias em que recebeu, anotava pedidos (geralmente casa, água e esgoto) e atendeu há mais de duzentas pessoas. Ele não se cansava de repetir que fazer política era para servir e nunca para se servir. Recebeu como herança dos pais, 10 casas. Morreu com uma a menos: 9 casas. Nunca se mudou da Boa Vista. Não caberia nesta página de jornal, o que Manoel Antunes fez por Rio Preto. Quando deixou seu segundo mandato, São José do Rio Preto contava com 360 mil habitantes.