A Polícia Federal de Jales/SP deflagrou na manhã desta quinta-feira (01), a Operação Arranjo, que investiga desvios de recursos federais do Programa de Atenção Integral à Família – PAIF. Aproximadamente 50 policiais federais estão cumprindo 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Urânia (1), Jales (7), Mira Estrela (1), Fernandópolis (1) e Santa Fé do Sul/SP (1), que foram expedidos Justiça Federal de Jales.
As investigações iniciaram no começo deste ano após a PF tomar conhecimento sobre licitações e pagamentos suspeitos realizados com a utilização de recursos federais do PAIF que eram destinados à Secretaria de Ação Social do município de Urânia/SP. As investigações apontaram que houve “fatiamento” nas licitações de cursos e palestras entre determinadas empresas, pois não havia disputa nas licitações, mas um “arranjo” (em alusão à função matemática da combinatória) entre as empresas. Também há fortes indícios de que vários cursos não foram realizados, embora os valores tenham sido integralmente pagos.
De acordo com levantamentos preliminares, notas fiscais suspeitas de serem “frias” totalizam R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) que foram pagos com recursos públicos da área social destinados ao PAIF somente no município de Urânia. Os mandados estão sendo cumpridos nas sedes das empresas envolvidas e nas residências dos seus proprietários, servidores e outros investigados.
Há dois meses, a PF de Jales deflagrou a Operação Repartição, que investigou e prendeu o ex-prefeito e outros 4 ex-assessores do município de Urânia. Nesta Operação, pagamentos realizados no último dia de 2016, com recursos da repatriação do governo federal foram o foco das investigações. Todos os investigados foram denunciados e continuam presos preventivamente à disposição da Justiça. O ex-prefeito preso F.A.S. também administrava o município de Urânia à época dos pagamentos e licitações suspeitas relativas aos pagamentos com recursos do PAIF.
Os investigados serão indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude em licitação.Todo o material recolhido pelos federais será analisado na sede da Polícia Federal de Jales para que sejam realizados cruzamentos para confirmação de informações e identificação de outros possíveis delitos cometidos pelas empresas investigadas em outras cidades.
Fonte: http://www.jinterior.com.br