O Hábito faz o Monge!

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“Os sonhos de Deus são maiores que os meus, Ele vai fazer o melhor por mim. Ele vai além do que eu posso ver, Ele faz o que eu não posso fazer.” (Os Sonhos de Deus – Nani Azevedo)

Essa coluna se dedicará a falar um pouco sobre a relação entre sonho e conhecimento, numa sociedade que tem vivenciado um período fragilizado de relações humanas, tão importantes para consolidação do caráter, como da ética e dos objetivos de futuro.
Augusto Cury, médico psiquiatra, professor e escritor brasileiro, escreveu que “A juventude de todo o mundo está a perder a capacidade de sonhar. Os jovens têm muitos desejos, mas poucos sonhos”, mas projeta com propriedade que “ os desejos não resistem às dificuldades da vida, já os sonhos, são projetos de vida e sobrevivem ao caos”. Concordo plenamente.

As influências culturais e de costumes de uma população podem mudar o comportamento de um povo, mesmo que instintivamente… sem perceber! O hábito faz o monge!
Os relacionamentos que temos, as roupas que vestimos, as músicas que ouvimos e o que utilizamos para ampliar nossos conhecimentos, estão totalmente relacionados com a formação de nossos princípios pessoais e no fortalecimento de nossos conceitos.

De acordo com os profissionais da educação e da psicologia, a construção do conhecimento é entendida como um processo dinâmico, do qual a linguagem faz parte, tanto a escrita, falada e a linguagem expressa pelo corpo. É a linguagem que consolida o novo conhecimento. “O pensamento não é simplesmente expresso em palavras; é por meio delas que ele passa a existir”, segundo Vigotsky em seu livro “Pensamento e linguagem” (Editora Martins Fontes).

Vigotsky foi um pensador russo, professor de literatura, dedicado à educação e psicologia, pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual ocorre em função das interações sociais e condições de vida.

Pensar, logo existir, me parece muito pouco para nosso mundo acelerado e tecnológico. A construção do ser pensante está associada em como determino meus relacionamentos e desta forma proponho meus crescimentos pessoais. O que nos motiva e o que nos impulsiona, estão ligados ao mundo com que me relaciono.

Pensamos não apenas com nossos cérebros, mas com nossos corpos, e nossos processos de pensamento estão baseados em experiências emocionais que provocam construção de conceitos e, consequentemente, princípios para a vida. Objetivos alcançados, obstáculos superados e conflitos resolvidos, nos agregam experiências de vida e como consequência, atitudes positivas frente a novas experiências.

Como ter coragem, ânimo e positividade frente a novos “gigantes” que se interpõem sobre nosso caminho?

Na opinião do psicólogo e autor do livro “Homens invisíveis” (Editora Globo), Fernando Braga da Costa, a resposta é que “Tudo o que é intelectual é guiado também pelo nosso equilíbrio emocional. Além disso, o que controla nossas vias neurológicas está relacionado com nossas emoções, cuja construção passa pelos relacionamentos e a concepção de valores sociais.”

A cada conexão estabelecida pelo cérebro humano, a partir das diferentes leituras e das experiências vivenciadas, o conhecimento é construído e, portanto, é cumulativo.
Na Bíblia, no capítulo 4 do livro de Oséias, é declarado que “O ser humano perece por falta de conhecimento”, fazendo com que os limites desse homem se tornem menores do que seus reais potenciais de conquista e também, de atitude.

Então, vamos nos ater naquilo que o mundo nos oferece de melhor! Melhor relacionamento, melhor informação, melhor sintonia motivacional, pois os objetivos a serem alcançados ou vitórias a serem conquistadas, vão depender de nossas ambições, propósitos de vida e fortalecimento de nossas relações.

Mãos à obra: se informe, se relacione, se motive e viva plenamente!

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