“Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. Melhor dica de Walter Franco…impossível!
Somos acusados de termos inventado a tripla jornada de trabalho, a ambiciosa geração empreendedora ou simplesmente, a “turma do STRESS”. Insistimos em pedir que o dia tenha 30 horas e não mais 24. Sinais do que plantamos!
Dentre as pérolas do interior sempre estiveram o cuidado com o relacionamento entre amigos e vizinhos, o tempo que passava na janela, aquele bate-papo de cadeira na calçada no final do dia e pensar no hoje, como ordem do dia.
Nessa roda-viva de necessidade de sucesso, de sermos reconhecidos e aproveitar as oportunidades do empreendedorismo do “Sul maravilha”, nos enredamos de ansiedade em ansiedade, de amanhã em amanhã, de correria em correria, e fizemos do tempo nosso ardoroso inimigo!
Hans Selye, médico endocrinologista e pesquisador Áustrio-Húngaro, foi o primeiro, na década de 1930, a estudar com seriedade os fenômenos do homem moderno. Estudou como o ser humano se adaptava aos vários tipos de estímulos, tanto positivos, quanto negativos, e chamou esse processo adaptativo de Estresse.
Hans Selye mostrou que nos adaptamos as situações adversas, recebemos o agente estressor, nos adaptamos a ele e seguimos a vida.
Estar sobre estresse é estar sob pressão ou estarmos sob estímulo constante. Para essa reação, o nosso sistema nervoso produz alguns hormônios que nos deixam em alerta, como o cortisol e a adrenalina, aumentando nossos batimentos cardíacos, acelerando a respiração, produzindo suor intenso, dilatando as pupilas, nos preparando para o combate.
Isso até certo ponto é fisiológico, normal do nosso organismo, mas o problema é quando ficamos assim o tempo todo. O estresse se torna uma armadilha. Ficamos apenas preparados para as circunstâncias ruins, prontos para tudo, inclusive para o que não vemos, numa espécie de neurose entre luta e fuga.
E quanto mais constante é o estresse, mais demonstramos os sinais de exaustão mental, como o cansaço, a irritabilidade, a falta de paciência, pessimismo, mau humor e o aparecimento de doenças.
O estresse patológico é fruto da imposição de padrões de qualidade que fizeram do ser humano uma máquina produtiva, competidora, mas perigosamente arriscada à frustração pelo insucesso em suas conquistas e relacionamentos destruídos.
Somado a isso, temos sido obrigados a sermos politicamente corretos, não podendo expressar nossa raiva, angustia ou medo. Para alcançar a excelência em tudo, represamos nossas emoções, desgastamos nossos mecanismos adaptativos e adquirimos mais doenças.
A bipolaridade e a depressão por esgotamento do sistema. A violência e agressividade pela frustração e medo. O câncer e o infarto, pela repressão e o desalento. Absorvemos tudo isso e em muitas vezes, não suportando, pensamos na morte, praticando a violência latente ou decidimos pelo suicídio, para alivio do grande sofrimento. Meu Deus, o que fazer!
Volto a Walter Franco! Ver o mundo com outras lentes, outros movimentos e outra postura pessoal é a chave!
Mike Murdock, orador e conferencista americano disse certa vez que a nossa mente é a sala de estar das circunstâncias do amanhã. Precisamos pensar com olhos voltados para outras verdades, não só para o consumismo ou para o egoísmo. Outra frase icônica dita pelo filósofo francês René Descartes, marcou a visão iluminista, colocando a razão humana como forma de existência. “Penso, logo existo”! Então pensemos em coisas boas, façamos o bem e criemos propósitos saudáveis que nos levem a prosperidade, mas pensando em nosso bem maior, que é a nossa qualidade de vida.
Finalizo com a doce interferência Paulina, que em sua carta aos Filipenses, no capítulo 4, orienta com mansidão aos seus irmãos em Cristo: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”