Empresário Arquimedes Celeri investe em fundação para qualificação rural na região

O agropecuarista Arquimedes Carrilho Celeri vive um momento inusitado, dono de 37 fazendas espalhadas pelo Brasil todas arrendadas para grandes grupos resolveu criar uma Fundação sem fim lucrativos em homenagem a seu pai Menotti Celeri. Apesar de todos esses números parecem não empolgar o empresário. Na verdade, alheio à a holofotes Arquimedes fala pouco respeito de suas aquisições. Quando é interpelado sobre o assunto, ele logo vira a cara e, em tom de brincadeira, se diz “cansado” de fazendas. Essa aversão, logo num momento de tanta pujança, tem explicação. Os “olhos do empresário” agora estão voltados para um audacioso plano de montar uma fundação para qualificação rural de seus funcionários e filhos de funcionários. “Queremos diversificar e buscamos atividades que possibilitem tirar o máximo proveito da terra”, revela Arquimedes Celeri que toca o grupo Ouro Branco a 20 anos.

O plano de explorar novas áreas não é exatamente novidade dentro da empresa. As primeiras conversas sobre a criação de bois aconteceram há dez anos, mas só nos últimos três é que o projeto começou a deslanchar. Muito dessa demora se deve à resistência do próprio empresário. Quem observa Arquimedes caminhando à vontade em meio à boiada nem imagina o quanto ele era descrente com a ideia de investir em gado. “Essa nunca foi minha área , lembra. Os resultados aos quais o produtor se refere são relativos à alta produtividade do rebanho. Enquanto no Brasil a média de produção é de quatro arrobas por hectare/ano, segundo dados da Scot Consultoria, a Ouro Branco já registra uma média de 80 arrobas por hectare/ ano. Fazendo toda a parte de engorda em áreas de integração.

Pouco se comparado aos ganhos do grupo, que somados com todos os ramos são pequenos mas suficiente para animar o proprietário aque investiram cerca de R$ 40 milhões nesse projeto. “Entre os novos negócios, a pecuária é sem dúvida nossa maior expectativa em termos de resultados”, revela o produtor, que planeja em um curto espaço de tempo dobrar seu rebanho e chegar a 100 mil cabeças.

O segredo por trás dos bons resultados da odisseia pecuária é o modelo de produção concentrado em três de suas fazendas, que funcionam como polos de criação. Nesses lugares vem sendo implementado um sistema de integração entre lavouras de soja e pecuária. Dessa forma, os talhões, onde a produtividade da soja é considerada baixa, após a colheita do grão viram pastos. Por conta do plantio da oleaginosa, o solo é bem corrigido e adubado e, consequentemente, mais produtivo. “A soja fixa o nitrogênio no solo. Por isso não é necessário aplicar fertilizantes nitrogenados para o pasto. Isso reduz o custo e aumenta a produtividade. Não é que a soja financie o gado, mas ela viabiliza as melhores condições de solo.

Boi mais rentável: enquanto a média nacional de engorda é de quatro arrobas por hectare ao ano, nas fazendas , a média é de 80 arrobas. À direita, o multiempresário comanda compra de terras em novas fronteiras agrícolas.

A adoção desse tipo de modelo reflete diretamente em ganhos para a produção animal. “Com o pasto bem adubado você pode reduzir a ocupação de animais por hectare, aumentando a produtividade. Além disso, é possível observar ganho de peso e melhor rendimento de carcaça”, analisa. Pontos que já podem ser observados Ouro Branco . “Conseguimos ter uma produtividade 80% maior em relação à pecuária tradicional extensiva. Esse será o modelo do futuro”.

Sujeito prático, e conhecido por sua simplicidade, Arquimedes não tem olhos apenas para a pecuária. Enquanto espera seu gado engordar, não descuida dos outros negócios que mantém . Outro setor em que o empresário vem crescendo é o da produção Com 70 mil hectares arrendados.

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