Dezembro Laranja: mês dedicado à prevenção do câncer de pele

Paulo Ricardo Venâncio
paulo.venancio@folhar.com.br

De acordo com Sociedade Brasileira de Dermatologia, esse tipo da doença é o de maior incidência 

Em sequência ao “Outubro Rosa”, “Novembro Azul”, e outras ações de prevenção ao câncer que são realizadas ao longo do ano, chega agora o “Dezembro Laranja”, que tem o intuito de prevenir o câncer de pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é o de maior incidência no País e no mundo. A campanha tem a finalidade de ressaltar como é fácil a prevenção e o tratamento da doença.
Para saber um pouco mais sobre a patologia, à Folha Regional entrou em contato com uma especialista em dermatologia para nos esclarecer algumas dúvidas.
Cíntia Maria Garcia Marchi, dermatologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Votuporanga, ressalta que o câncer de pele responde por 25% de todos os diagnósticos, e que ocorre devido ao crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, provocando o surgimento de diferentes tipos de câncer. “Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; já o melanoma, que surge a partir de uma pinta escura, felizmente é mais raro, pois é também o mais agressivo e de maior letalidade”, esclarece a especialista.
O grande vilão para o surgimento da doença é o sol. “A exposição solar excessiva e desprotegida é a principal causa, associada ao uso de câmaras de bronzeamento. Pessoas que possuem o hábito de tomar sol de forma recreativa e apresentam queimaduras (vermelhidão, dor e posterior descamação) estão bastante suscetíveis ao surgimento de lesões suspeitas”, comenta Cíntia.

Sintomas
Como toda doença, neste caso também é preciso ficar atento aos sintomas, “o câncer da pele pode se assemelhar a pintas, manchas ou feridas que não cicatrizam, e em geral apresentam outros sintomas associados, como mudança no aspecto da lesão (alteração da cor ou do tamanho) e presença de coceira ou sangramento local. Assim, o autoexame da pele é importante para detectarmos qualquer alteração na pele”, aponta.
O Dermatologista é o profissional que está capacitado a avaliar as lesões suspeitas. No exame preventivo, o especialista examina toda a pele com aparelhos específicos e se necessário, colhe biópsia da lesão para o diagnóstico. “Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade. Há diversas opções terapêuticas conforme o tipo e a extensão da doença, e na maioria das vezes, é obtida a cura da doença”, explica.

Prevenção
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostram que os brasileiros estão longe de se proteger adequadamente do sol. No entanto, a maioria dos casos da doença podem ser prevenidos com medidas simples, como: evitar exposição ao sol entre 10h e 16h; uso de chapéus, bonés e roupas de mangas compridas para quem se expõe ao sol por longos períodos; uso adequado do filtro solar FPS (fator de proteção solar) 30 no mínimo, 3 vezes ao dia ou a cada 2 horas em atividades ao ar livre e fugir de bronzeamento artificial- câmaras de bronzeamento estão proibidas- pois sua prática aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento.
“Pessoas com peles e olhos claros, ou aqueles que já possuem antecedentes familiares de câncer de pele necessitam de avaliação dermatológica com maior frequência. Por isso, examine regularmente sua pele e procure imediatamente um dermatologista caso perceba qualquer alteração cutânea suspeita”, conclui Cíntia Maria Garcia Marchi.

Em números
Estima-se que no Brasil até o final de 2016, serão 200 mil novos casos de câncer de pele diagnosticados, o segundo tipo de tumor mais comum, abaixo do câncer de mama nas mulheres e próstata para os homens. Até agora, o Hospital de Câncer de Barretos já atendeu mais de 1.200 pacientes com a doença.

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