Estou em uma fase de profundo autoconhecimento. Decidi que quero e preciso me conhecer melhor, quero e posso me conhecer melhor. Aconselho isso a todo mundo. Acho que se conhecer é requisito básico de sobrevivência e não dava mais para seguir meus dias sem isso. Talvez essa fase de profunda busca pelo meu verdadeiro eu reflita em minhas palavras e na minha maneira de escrever, pois escrevo o que sinto e por esse período tenho sentindo as coisas intensamente.
Intensamente. Essa está sendo a primeira descoberta do meu processo de conhecimento. Descobri que levo a vida de maneira intensa demais e isso pode ser bom ou ruim. Descobri que crio expectativas, por mais que eu diga que não. Descobri que meu coração é tomado por um entusiasmo infantil e que eu tenho a certeza de que tudo vai dar certo no final. Mas descobri que nem todo mundo gosta e acompanha essa minha intensidade. Descobri que esse meu medo de confiar demais nas pessoas está diretamente ligado a essa maneira intensa de viver os dias. Para mim é tudo ou nada, é meu ou não é, é amor ou é ódio, se é para ser vai ser. O problema disso tudo é que viver a vida assim, pura alma, requer de mim muito mais coragem. Optar por ser intensa nesse mundo de incertezas, falsidade, desapego é corajoso demais. Quebrar a cara doi muito mais do que não dar a cara para bater. Mas eu descobri que sou dessas. Sou dessas e nasci assim, nasci alma. Nasci alma nesse mundo de corpos. Se não tiver amor, eu não fico, se não for para ir até o fim eu nem começo. Se não for para arrasar, eu nem vou. Se for para eu não sentir, eu nem me aproximo.
Se minha alma não puder entrar, por favor, nem me convide!