Dedicado à minha mãe

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Tenho escrito em meus artigos, experiências sobre “ser mãe”, muitas mulheres têm se identificado, pois ter filhos exige dedicação e cuidados especiais, mas fazem nossas vidas mais alegres e completas.

Antes de ser mãe, muitas dúvidas emergem do cérebro feminino e apesar do instinto materno, algumas coisas a mulher só aprende quando se torna mãe, de fato. Numa ocasião, por volta dos oito meses de gravidez, resolvi perguntar à minha mãe como era essa experiência. Após um profundo suspiro e um breve silêncio, notei seus olhos parados, como se estivessem em algum lugar do passado, numa rápida lembrança de suas próprias experiências como mãe, então, ao olhar no fundo dos meus olhos disse como era maravilhosa esta fase da vida, mas, algumas coisas ela não seria capaz de explicar, pois eu teria que “sentir na pele” para saber como era.

Quando meu filho chegou, medos e inseguranças foram inevitáveis, mas, minha mãe estava ali, amparando meus anseios e segurando minha mão. Ela cuidou de mim, como fez por toda vida, quando eu caía e ela me levantava, me machucava e ela me curava, tinha medo e ela me segurava, tinha dúvidas e ela me ensinava e agora, fazia exatamente como sempre fez, quando me amava e me cuidava.

Ao entrar no quarto, com a roupa amarelinha, aninhou-se em meus braços aquele que me faria sentir o que minha mãe considerou inexplicável, o segurei junto ao meu corpo e pude sentir seu calor, seu cheiro, sua respiração. Enquanto eu contemplava os contornos daquele anjo, minha mãe, emocionada, aprendia a ser avó. Eu então olhei para ela e disse: “Você tinha razão, existem coisas que só sentindo na pele pra saber como são, é o caso desse amor, que não tem explicação.”

Minha mãe é exemplo de força, equilíbrio e amor, me mostrou (e continua mostrando) como é possível amar alguém mais que a si mesmo, que ser mãe é ser presente, atuante, tolerante. A cada experiência como mãe me sinto grata a ela, minha fortaleza e inspiração de todos os dias. Nem que eu viva cem anos terei sua sabedoria e resiliência, seu amor por mim e meu irmão (que não está mais entre nós), me ensina a cada dia como ainda preciso evoluir. Parafraseando um dito popular “Mãe, quem dera por um instante Deus te fizesse eterna”.

Com a maternidade tenho aprendido mais do que ensinado, por isso, como mãe e como filha posso afirmar que ser mãe é, sem dúvida, a realização de todas as espécies, o sentimento mais elevado de um ser terreno, é a chance de remissão do ser humano, a felicidade plena e eterna, a mágica e incondicional forma de amar alguém mais que a si mesmo. Só Deus, em sua infinita bondade, poderia conceder esse milagre, por isso a gratidão é eterna a Ele e à mãe que Ele me permitiu ter.

Um lindo dia das mães à todos, em especial à minha rainha Neide Colaço Dourado!

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