O Centro de Atendimento Especializado na Saúde do Idoso (CAESI) foi inaugurado em Rio Preto no dia 6 de abril, e, até agora, já atendeu a 533 novos pacientes. O local integra a rede municipal de saúde e realiza atendimento exclusivo ao idoso, com uma equipe formada por geriatras, neurologistas especializados em Parkinson e Alzheimer, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos.
Com a entrada dos geriatras na rede municipal, o município conseguiu, em maio, acabar com a demanda reprimida de 270 pacientes que necessitavam da consulta com o especialista e aguardavam há pelo menos seis meses. “O geriatra tem uma visão global do idoso. A consulta dura no mínimo 30 minutos, porque olhamos o conjunto. Da parte cognitiva à social. Por isso, a importância desse acompanhamento especializado”, explica a geriatra Sabrina da Costa Boruchi Moyano.
A primeira paciente a ser atendida no CAESI foi a aposentada Luiza da Franca Crispim, de 87 anos, que passa regularmente pelo geriatra e faz fisioterapia. “Eu gosto de fazer comida. Não gosto de ficar parada, estou sempre me movimentando”, conta.
Para ser atendido no CAESI, o idoso deve agendar a consulta na unidade de saúde mais próxima de sua casa, onde passará por avaliação do clínico geral. O encaminhamento é feito quando o paciente atende a um dos cinco critérios estabelecidos: possuir cinco ou mais doenças crônicas, tomar cinco ou mais medicações diárias, possuir instabilidade postural, ter alguma incapacidade cognitiva e ainda sofrer com Parkinson ou depressão.
“Alguns pacientes também chegam diretamente da internação, mas 95% deles são provenientes da Atenção Básica”, explica a enfermeira-responsável, Poliane Rodrigues Ianes.
Desde 2011, quando Rio Preto assinou o termo de compromisso com o projeto “Cidade Amiga do Idoso”, desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o município vem desenvolvendo políticas públicas de prevenção e cuidados com essa população, com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida na terceira idade. Rio Preto já é destaque em longevidade no país. Atualmente, 65 mil moradores – cerca de 15% da população – são idosos.
“O país precisa se preparar para o envelhecimento e isso também envolve a família. Por isso, a criação do CAESI fez com que a gente conseguisse ensinar a família a lidar com o envelhecimento e as adversidades e particularidades que ela ocasiona. Não queremos só lidar com o paciente em si, mas também envolver a família”, finaliza Poliane.